terça-feira, 28 de junho de 2011

Sindes debate homofobia e violência contra a mulher - Florianópolis

No dia 29 de agosto/2011 (segunda-feira), Dia da Visibilidade Lésbica e data que marca o lançamento nacional da campanha contra a violência contra a mulher chamada pela ABGLT (Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais) e pela ABL (Articulação Brasileira de Lésbicas), o Sindes realiza o debate "Mulheres de Luta", às 15 horas, no auditório do Museu Cruz e Souza, em Florianópolis.

Para debater conosco estarão presentes as seguintes palestrantes: Anahi Guedes, mestranda do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social (PPGAS) da Universidade Federal de Santa Catarina e do Núcleo de Identidades de Gênero e Subjetividades (NIGS); Kelly Vieira, coordenadora do Centro de Referência em Direitos Humanos com Enfoque na Sexualidade da ADEH (Associação das Travestis e Transexuais da Grande Florianópolis); e Guilhermina Cunha Salasário da Associação de Direitos Humanos com Enfoque na Sexualidade de Florianópolis da ADEH, do Conselho dos Direitos da Mulher de Florianópolis e da ABL.

A presença de todos é fundamental para avançarmos na discussão desses temas atuais que preocupam nossa sociedade: a homofobia e a violência contra as mulheres e lutarmos juntos pelo fim da violência e do preconceito. O Sindes chama todos ao debate porque acredita que o desrespeito a qualquer ser humano deve ser combatido por todos.

Inscrições para recebimento de certificado: enviar nome completo, cargo e local de trabalho para o endereço eletrônico sindes@sindes.org.br solicitando a sua inscrição até o dia 24 de agosto/2011 (quarta-feira). As inscrições devem ser realizadas com antecedência para melhor podermos organizar o evento. Mais informações pelos fones: (48) 3028.4537 / 9901.8927.
Em anexo, segue o cartaz do evento. Ajude a divulgar, agende-se e participe!
Contamos com todos, trabalhadores, movimentos sociais e sindicais nesse debate!

Até lá!

Diretoria do Sindes
Sindicato dos Trabalhadores em Entidades Sindicais de 1º e 2º Graus, Associações Profissionais e Centrais Sindicais de Florianópolis e Região Sul


Anexo(s) de anahi guedes de mello
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cartazgenero-1.pdf

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Coração na Sapateira - Jairo Marques - 07/06/2011 - Folha de São Paulo

"Apesar de ter começado a namorar muito tarde para os padrões de quem já "fica" aos 11 ou 12 anos, a amar e a me apaixonar comecei cedo. Uma sapateira velha lá de casa ganhou corações varados por flechas quando eu talvez tivesse uns sete anos.

O tempo foi passando e eu não já não aguentava mais conviver com aquela maldita pedra no caminho colocada pelo Drummond. O meu desejo era mesmo entregar de vez a flor para a menina que o Vinicius falou. Em alguns momentos, de tanta aflição, até quis ter a minha hora da estrela, igualzinho narrou a Clarice. Namorar me fazia falta demais, "affmaria".

Na minha cabeça, só os perfeitinhos, só aqueles mocinhos com mais músculos que a carne moída lá de casa conseguiam namoradas.

O resto do mundo -os de canelas minguadas iguais a mim, os tímidos demais, os esquisitões, os muito gordos ou muito magros, os CDFs (que agora respondem por "nerds"), os estragadinhos em geral-, esse povo tinha de se contentar com as histórias românticas dos livros, com os beijos estalados do cinema, além de ser o sujeito do "bom de papo" e só isso.

Lá em casa me chamavam até de "pé de santo", de tanto que eu ouvia -e só ouvia- as meninas da minha rua e da escola em suas ladainhas de sentimentos partidos. Mal eu sabia que elas estavam, de certa maneira, treinando a mim para viver grandes amores.

Pode ser puro bairrismo meu, pura proteção da "classe" dos abatidos pela guerra e dos de fora da curva da chamada normalidade, mas o tempo que a gente "perde" não namorando cedinho a gente ganha aprendendo delicadezas da conquista que há de vingar.

Quem não namora se afunda em poços de querer amar profundamente e se encanta com facilidade pelo baile do cachorro da esquina, pela risada longa da velhinha no metrô. Enquanto não se namora ninguém, namora-se o mundo. Mas tudo isso não quer dizer que jamais a "arte do encontro" irá concretizar-se na vida de quem é tido como diferente. Uma hora pode acontecer, igual a tudo na vida.

Não posso me comprometer com aquela máxima que diz que "todo pé cascudo tem o seu chinelo velho", mas que os mortais nasceram para encontrar ou tentar encontrar uma mãozinha para coçar seus piolhos, ah, nasceram.

Por isso, quando você vir um casalzinho de cadeirantes todo zombeteiro se agarrando na praça, não vá pensando que rolou rebelião na ortopedia do HC, é puro amor de dois mal-acabados.

Também contenha um certo espanto, um certo estranhamento ao flagrar a mocinha cegona aos beijos com o rapazinho anão. Ela pode não ver, o coração pode não ter razão, mas tamanho e menina dos olhos não são credenciais para o amor.

Namorar é para todos e o amor mistura as pessoas independentemente de seus padrões. Conheço surdos que namoram "ouvidos absolutos", ligeirinhos que caem de paixão por paralisados cerebrais.

A graça do sentimento não mora na perfeição, mora no carinho, na dedicação ao outro, na atração, no poder de fazer graça e de fazer poesias secretas. Dessa maneira, acho que o tempo tido como de "solidão" pode ser útil para aprender a respeitar e aproveitar o tempo da união. Então, que se libertem os corações das sapateiras".

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Violência sexual contra pessoas com deficiência

Violência sexual contra pessoas com deficiência.


De acordo com estatísticas nacionais, uma em cada três mulheres corre o risco de ser vítima de violência sexual durante sua vida, e a estimativa revela que uma em cada cinco crianças, meninos ou meninas, enfrenta o mesmo risco. Estupro, ...
Clique no link abaixo para ler o artigo completo:
http://www.bengalalegal.com/violencia-pcd

Fonte: Site Bengala Legal
Bengala Legal

terça-feira, 7 de junho de 2011

As várias faces da Aids em 30 anos de Epidemia - GTP+ - 06/06/2011

Em 30 anos de epidemia, a doença que deixou de ser conhecida como o Mal do Século, não tem cara, nem endereço, afeta mulheres, adolescentes e pobres, e segue seu rumo ao interior do país, nas pequenas cidades visibilizando ainda mais os problemas de saúde pública. Hoje atinge cerca de 630 mil brasileiros soropositivos ao vírus HIV.

Esta geração que hoje tem 30 anos ou menos, ainda não perdeu os vícios e o preconceito que ainda cerca as pessoas vivendo com HIV e AIDS. A necessidade de combate ao estigma, ignorância, rejeição e à discriminação é urgente, pois já faz parte de brigas judiciais, e até de criminalização dessa população. “Isso alimenta o número de pessoas que vivem com o vírus e que ignoram sua condição, não aderindo ao tratamento dos medicamentos. O que resulta na mortalidade de mais de 12 mil por ano.”, disse o coordenador geral da ONG GTP+, Wladimir Reis.

Em menos de 15 anos, ela já havia mudado de face. No início da epidemia, na década de 80, se calculava uma mulher com Aids para cada 40 homens infectados. Hoje, essa proporção já está em um por um. Há também um grande número de adolescentes, o que preocupa de como esses jovens estão enfrentando questões que fazem parte da idade, como a sexualidade e sua conduta na escola.

Leia matéria na integra

http://enlacandosexualidades.wordpress.com/enlaces-tematicos/


No evento teremos o Enlace 11

Enlace 11: Pessoas com deficiência, direitos e invisibilidades

Anahi Guedes de Mello (NED-UFSC; NIGS-UFSC); Eulina Neta (CAEEP-BA); Mariene Maciel (AFAGA); Simone Reis (CAEEP-BA); Paula Sander

O discurso corrente na sociedade, em relação à sexualidade das pessoas com deficiência, oscila entre dois polos eivados de preconceitos: assexualidade versus hipersexualização, em particular em referência a jovens e adultos com deficiência intelectual e transtornos globais do desenvolvimento, que ou são descritos como anjos, ou como maníacos sexuais. Não há um volume expressivo de estudos acadêmicos que visem delimitar as origens e as consequências de tais visões. Reconhecendo a necessidade de construir uma visão focada nos aspectos concretos de suas vidas, este Enlace tem por objetivo detalhar os aspectos inerentes a tais concepções e assim, buscar uma dimensão humana às pessoas com deficiência.
email: enlacando11@gmail.com

http://enlacandosexualidades.wordpress.com/enlaces-tematicos/