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Apresentação do projeto “Ações e reflexões sobre aids e deficiência: diferentes vozes”.
O Amankay Instituto de Estudos e Pesquisas, fundado em 1989 na cidade de São Paulo, é uma organização social sem fins lucrativos, de direito privado, com finalidade pública, apartidária, democrática, pluralista, de caráter educativo e cultural. Adota os valores da Inclusão Social; Equiparação de Oportunidades; Respeito, Promoção e Valorização da Diversidade; Redução das desigualdades sociais; Promoção da Cultura da Paz.
Tem como foco institucional a produção e disseminação de informações que promovam a inclusão social e a qualidade de vida de segmentos sociais fragilizados (Pessoas com Deficiência, jovens moradores em bairros periféricos, egressos do sistema penitenciário e outros).
Suas principais áreas de atuação são: Deficiência, Democratização da Informação, Políticas Sociais e Meio Ambiente e Sustentabilidade.
O Instituto vem se dedicando à temática referente à deficiência, sexualidade e HIV/aids desde 2004, coordenando projetos de pesquisa nacionais e apresentando resultados em eventos internacionais, como o 4th International Policy Dialogue on HIV/AIDS and Disability, em Ottawa, Canadá, em 2009, promovido pelo Ministério da Saúde desse país, com a participação de 40 profissionais da África, Estados Unidos e Europa. A América Latina foi representada pelo Amankay.
Com o Projeto “Ações e reflexões sobre aids e deficiência: diferentes vozes”, o Instituto visa dar visibilidade, ampliar o conhecimento sobre os vários pontos de intersecção e sinergia existentes entre os temas HIV/aids e Deficiência e coletar subsídios para intervenções efetivas de prevenção e assistência. .
Para tanto, pretende construir um processo participativo na cidade de São Paulo, entre janeiro e junho de 2010, com diversos atores e movimentos sociais: serviços especializados do Estado e do Município; Conselhos de Saúde, de Defesa dos Direitos das PcD, Tutelares, de Defesa das Crianças e Adolescentes, Educação, Promoção Social, sociedade civil organizada, representantes do Poder Público, Universidades, formadores de opinião, meios de comunicação e outros.
A etapa preliminar contempla a realização de dois Encontros, preferencialmente em bairros periféricos, visando a identificação de questões e levantamento preliminar da situação de pessoas com deficiência que adquiriram aids e de pessoas com aids que adquiriram deficiência como conseqüência do tratamento antiretroviral. Esse processo será participativo e, dentre os atores sociais, o Grupo de Vigilância Epidemiológica terá um lugar de destaque.
Em junho acontecerá um Seminário com dois dias de duração, para o qual serão convidadas pessoas de todo o Estado de São Paulo, com o intuito de disseminar informações atualizadas, recomendações vindas da base social, iniciativas e materiais existentes; dar visibilidade às questões dos direitos sexuais e reprodutivos; debater pontos ligados ao exercício seguro da sexualidade; elencar fatores de vulnerabilidade e condições de acessibilidade necessárias para fortalecer o controle social e estimular a produção de conhecimentos, alimentando a reflexão.
O relatório final contendo as constatações e recomendações decorrentes do processo será encaminhado pelo CRT às instâncias competentes, visando a tomada de medidas que se façam necessárias para melhorar a qualidade de vida e o atendimento efetivo das necessidades dessas pessoas.

Zona Leste discute preconceitos que pessoas com deficiência enfrentam para exercer sua sexualidade
Sexualidade, HIV/aids e deficiência: o que sua entidade está fazendo? Para responder a essa pergunta instigante, a comunidade da Zona Leste da cidade de São Paulo esteve reunida, no dia 14 de abril de 2010, na Casa de Cultura de Itaim Paulista, em evento organizado pelo Amankay Instituto de Estudos e Pesquisas. Contamos com a parceria da Casa de Cultura do Itaim Paulista da Prefeitura de São Paulo e a Associação para Valorização de Pessoas com Deficiência (Avape), que forneceu o lanche servido aos presentes. A empresa Educalibras foi responsável pela atuação de dois intérpretes de língua de sinais brasileira.
O encontro fez parte do projeto “Ações e reflexões sobre aids e deficiência: diferentes vozes”, desenvolvido com o apoio do Centro de Referência e Treinamento DST/Aids (Coordenação Estadual DST/Aids) da Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo.
Estiveram presentes representantes de órgãos públicos e organizações não-governamentais que atuam na área da atenção às pessoas com deficiência e pessoas que vivem com HIV/aids, entre elas, Secretaria dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Programa Estadual de DST/aids, Sub Prefeitura de Itaim Paulista, SUVIS Itaim Paulista, STS Itaim Paulista, UBS Jardim Camargo, CTA Sérgio Arouca, Agência AIDS, Univida, Conselho Tutelar da Mooca, Avape Zona Leste, Associação Brasileira de Síndrome de Williams, Instituto Vida Nova. A equipe de reportagem da TV Cultura esteve no local e fez entrevistas com pessoas com deficiência que foram ao ar na noite do mesmo dia.
As representantes do Amankay, Marta Gil, Mina Regen e Fernanda Sodelli abordaram os preconceitos que as pessoas com deficiência enfrentam para exercer sua sexualidade e a dificuldade que encontram para ter acesso a informações sobre prevenção de doenças sexualmente transmissíveis.
Os presentes foram estimulados a refletir sobre sexualidade, deficiência e vulnerabilidade ao HIV/aids, a partir da leitura do texto "A vida de Rita", relato de jovem mulher com deficiência sobre a dificuldade para exercer sua sexualidade, sua baixa autoestima, submissão à família e a falta de informação sobre prevenção às DST/Aids.
Foram distribuídos exemplares de dois números do Mangá Idol, publicação cedida pela Agência de Cooperação Internacional do Japão (JICA São Paulo Branch Office), que trata da importância da prevenção e do tratamento de HIV/aids, por meio de desenhos típicos dos gibis japoneses e com linguagem adequada a jovens.
Durante o evento, foram discutidos dois outros assuntos pouco abordados: o risco que pessoas com deficiência correm de sofrer abusos de natureza sexual e a dificuldade que pessoas que vivem com HIV/aids encontram para obter informações quando, eventualmente, passam a ter alguma deficiência decorrente da baixa imunidade e/ou do tempo prolongado de ingestão dos antiretrovirais.
No final do encontro, os presentes formaram uma roda e foram solicitados a descrever, numa só palavra, o sentimento em relação ao momento vivenciado. As organizadoras do evento acreditam que a escolha das palavras experiência, aprendizado, descoberta, alegria, vida, comunicação, troca, aceitação e união refletiu o clima gratificante e a disposição dos participantes para trocar informações, experiências e ações que incluem a população com deficiência nas campanhas de prevenção e nos serviços de atenção ao HIV/aids.

Encontro na Zona Sul reúne organizações ligadas à prevenção e atendimento a pessoas vivendo com HIV/aids e de atenção a pessoas com deficiência
No último dia 27 de abril, 48 representantes de organizações ligadas à prevenção do HIV/aids e de entidades de pessoas com deficiência participaram do Encontro Local da Zona Sul de São Paulo, realizado na Casa de Cultura de Santo Amaro, que dispõe de amplo acesso a pessoas em cadeira de rodas.
Realizado em parceria com a Casa de Cultura de Santo Amaro, a Rede Atitude e o Centro de Convivência (CECCO) de Santo Amaro, que providenciou o lanche farto servido no final, o encontro fez parte do projeto “Ações e reflexões sobre aids e deficiência: diferentes vozes”, desenvolvido pelo Amankay Instituto de Estudos e Pesquisas, com o apoio do Centro de Referência e Treinamento DST/Aids (Coordenação Estadual DST/Aids) da Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo. A empresa Educalibras foi responsável pela atuação de dois intérpretes de língua de sinais brasileira.
O encontro despertou o interesse de vários órgãos públicos da Zona Sul que trabalham com o tema, dentre os quais a Subprefeitura de Santo Amaro, CRAS Santo Amaro, CECCO Santo Amaro, CECCO Interlagos, CECCO Guarapiranga, CRECA Santo Amaro, PSR Santo Amaro, Supervisão Técnica de Saúde de Parelheiros, CRS Sul da Secretaria Municipal de Saúde, SAE DST/aids do Jardim Mitsutami, UBS Santo Amaro STS-MBM, CTA Santo Amaro.
Entidades não governamentais de atenção a pessoas com deficiência e pessoas que vivem com HIV/aids também enviaram representantes, trocaram informações e relataram as ações que realizam na região. Entre elas, Associação Carpe Diem, Lar Escola São Francisco, APAE de São Paulo, ADERE, Mais Diferenças, Associação Monte Azul, Rede Rua, Centro de Acolhida Reencontro, Moradia Especial Provisória Organização Casa de Isabel da Zona Leste, CEJAM – Programa Deficiente Saudável, ECOS, Pousada da Esperança, Federação de Pedagogia Curativa e Terapia Social. Até mesmo a APIS, entidade de Praia Grande, no litoral do Estado de São Paulo, fez questão de participar.
As representantes do Amankay, Marta Gil, Mina Regen e Fernanda Sodelli e os participantes do evento trocaram informações sobre a vulnerabilidade das pessoas com deficiência, o risco que correm de sofrer abusos de natureza sexual, os preconceitos que as impedem de exercer plenamente sua sexualidade e de ter acesso a informações sobre prevenção ao vírus HIV. Além disso, os presentes também conversaram sobre as dificuldades que pessoas que vivem com HIV/aids encontram para obter informações quando, eventualmente, adquirem uma deficiência.
Os presentes foram estimulados a refletir sobre vulnerabilidade ao HIV/aids e a interface com a deficiência a partir da leitura do texto "A vida de Rita", baseado na vivência de uma jovem mulher com deficiência que relata suas dificuldades para ter uma vida independente e exercer sua sexualidade, em virtude da baixa autoestima, submissão à família e ao marido, falta de informação sobre prevenção às DST/Aids e de seu medo de solicitar ao marido o uso do preservativo.
Foram distribuídos exemplares de dois números do Mangá Idol, publicação, cedida pela Agência de Cooperação Internacional do Japão (JICA São Paulo Branch Office), que, através de desenhos típicos e com linguagem própria de jovens, trata da importância da prevenção e do tratamento de HIV/aids.
Dentre as palavras escolhidas para descrever a avaliação que os presentes fizeram do evento, destacaram-se elucidativo, conhecimento, reflexão, acessibilidade, empoderamento, cidadania, alegria, partilha e solidariedade. Pela análise da equipe organizadora, sem dúvida, isso refletiu uma disposição firme para construir pontos de contato entre profissionais da área da saúde, pessoas com deficiência e pessoas que vivem com HIV/aids, com o objetivo de combater preconceitos e difundir informações corretas em benefício de toda a sociedade.