Sugestão de livros

Ministério lançou em 08 de março livro sobre direitos sexuais e reprodutivos e pessoas com deficiência (março de 2010)

Assistência ao pré-natal, parto e puerpério, acesso ao tratamento para HIV e acesso ao planejamento familiar pelas pessoas com deficiência são algumas das diretrizes para o SUS abordadas na publicação Direitos Sexuais e Reprodutivos na Integralidade da Atenção à Saúde de Pessoas com Deficiência.
O livro produzido pela Área Técnica Saúde da Pessoa com Deficiência do Ministério da Saúde, em parceria com o Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), lançado no dia 8 de março de 2010, na Estação Leopoldina, no Rio de Janeiro, durante as comemorações do Dia Internacional da Mulher.
Trata-se de uma publicação direcionada a gestores e profissionais do Sistema Único de Saúde (SUS), que reafirma os direitos sexuais e reprodutivos como direitos humanos universais, o que inclui as pessoas com deficiência. O documento trata das diretrizes e ações para sua operacionalização a ser efetivada pelos estados e municípios.
A obra traz ainda um histórico das discussões conceituais sobre o tema. Em 2007, o Brasil sediou a Consulta Nacional sobre Saúde Sexual e Reprodutiva e Pessoas com Deficiência, quando especialistas internacionais e autoridades discutiram formas de eliminar a discriminação contra esse público, em relação ao casamento, família e reprodução. Nesse mesmo ano, o Brasil assinou a Convenção da ONU sobre Direitos da Pessoa com Deficiência, cujo artigo 25 trata do direito de acesso aos programas de atenção à saúde, inclusive saúde sexual e reprodutiva.
Em 2009, o Ministério da Saúde, em parceria com o UNFPA, promoveu o I Seminário Nacional de Saúde sobre Direitos Sexuais e Reprodutivos e Pessoas com Deficiência. Durante esse evento foram discutidas com especialistas e gestores a ampla participação social e as linhas principais do documento que esteve em consulta pública e agora é publicado.
DESCRIÇÃO DA IMAGEM: A capa do livro com o nome, em tom azul claro e com os símbolos de masculino/feminino incorporados ao simbolo internacional da deficiência.
Acesse a publicação: http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/livro_direitossexuaisreprodutivos.pdf




Sexualidade e Deficiência: Rompendo o silêncio
Ana Rita de Paula, Mina Regen e Penha Lopes (Editora Expressão e Arte,128 págs. - Coleção Aprendendo a Sexualidade)
Crescer, apaixonar-se, namorar, transar. É o que se espera de todas as pessoas. Ou quase todas. Quando nos deparamos com alguém que se locomove em uma cadeira de rodas ou carrega as sequelas de uma paralisia cerebral, dificilmente imaginamos que este ser humano possa sentir desejo e se relacionar sexualmente. Erotismo e deficiência são termos que parecem não combinar quando postos lado a lado.
Se, por acaso, ele disser que mantém relações sexuais, em geral reagimos com desconfiança ou pena. Primeiro, por duvidar que alguém possa sentir atração por uma pessoa deficiente: é mais provável que esteja se aproveitando ou obtendo alguma vantagem. Segundo, por supor que o interlocutor esteja fantasiando ou mentindo. Lamentamos, então, a impotência humana diante das fatalidades que atravessam nossas vidas. Como o novo nos assusta, procuramos nos vincular ao já conhecido. E, assim, buscamos refúgio nas imagens que a sociedade nos apresenta tanto de sexualidade ( sexy é quem exibe um corpo perfeito, segundo os padrões da mídia) quanto das pessoas com deficiência. O resultado é um misto de alienação, desinformação e preconceito.
Esses sentimentos e reações não requerem julgamento, mas uma revisão à luz de informações que permitam ver além dos estereótipos. A disposição interna para refletir sobre essas posturas e mudar, se necessário, é o primeiro passo no sentido de favorecer a inclusão das pessoas com deficiência.

Descrição da imagem: capa do livro em tom de azul e foto da estátua "Piedade Rondanini", de Michelangelo, que é considerada a última obra do artista e está inacabada. São duas figuras com formas indefinidas: uma, que sugere uma mulher, está mais ereta e abraça um homem, com os joelhos ligeiramente flexionados.







Na minha cadeira ou na tua? segunda-feira, março 29, 2010
Juliana Carvalho vai viajar o Brasil fazendo o lançamento do seu livro. O livro já pode ser comprado na Livraria Cultura.
Aos dezenove anos, uma doença colocou uma cadeira de rodas no caminho de Juliana Carvalho. Sem esconder os momentos dolorosos e a vontade de desistir, este relato autobiográfico extrai humor e esperança de situações difíceis e expõe a mistura de tragédia e comédia que caracterizam a sua – e a nossa – complexa condição humana. Na minha cadeira ou na tua? percorre questões fundamentais do cotidiano dos cadeirantes, com informações sobre inclusão, acessibilidade e lutas por enfrentar, e intercala narrativas sobre a vida da autora antes e depois da lesão medular. Antes dela, Juliana relembra pensamentos, brincadeiras e a relação ingênua com a família durante a infância e fala sobre a descoberta do amor e do sexo, as festas, a rebeldia e as bebedeiras durante a adolescência. Já adulta, após a grande virada, a readaptação, a convivência com os novos limites, a superação e a percepção de que uma cadeira não modifica o fundamental: o que o ser humano é além do próprio corpo.
http://www.inclusive.org.br/?p=14622

Descrição da imagem: capa do livro com foto da autora, em branco e preto. A autora, uma moça bonita e simpática, está com um vestido preto, longo, e sorri, com o corpo meio de lado. Sua mão direita está apoiada na roda da cadeira e a esquerda está sobre o joelho.



MEU ANDAR SOBRE RODAS - 2ª Edição / Tatiana Rolim

Uma vida completa é cheia de limitações. A de Tatiana Rolim logo lhe mostrou uma das mais sufocantes: a cadeira de rodas. Em sua biografia nos fala da história da menina que, aos 17 anos, sofreu um tropelamento e nunca mais andou.
Meu Andar Sobre Rodas nos conta, de forma crua e sem constrangimentos, como a autora se aceitou no papel dessa menina. Onde mencionar força de vontade parece ser clichê, ela desliza por entre cicatrizes, sondas, esperas e idéias, e mostra como teve que afastar todo o pessimismo do nunca mais e engolir a rotina de todo mundo, do seu novo jeito.
Saiba mais
Descrição da imagem  acima: Capa do livro com a foto de perfil de Tatiana, autora do livro.


Descrição da imagem ao lado: Tatiana grávida com um lindo sorriso, vestindo uma camiseta preta com seu nome escrito.