Como devem ser as mensagens de prevenção das DST/aids para as pessoas com deficiência?
Representantes desse segmento da sociedade, ativistas e profissionais da saúde se reuniram na tarde desta sexta-feira, na Paróquia da Nossa Senhora da Saúde em São Paulo, para responder a essa pergunta. Eles trocaram experiências e deram sugestões para a criação de um documento que será entregue aos órgãos especializados do governo com demandas da população deficiente nas áreas de prevenção do HIV e tratamento da aids.
A cadeirante Ana Rita de Paula defendeu parcerias com organizações que já atendem as pessoas com deficiência. "As entidades que trabalham diretamente com eles já têm habilidades em transmitir mensagens".
Ana Rita sugeriu também a criação de materiais específicos para alunos do ensino fundamental que são portadores de deficiência.
O ativista Beto Volpe propôs a aproximação do movimento social de luta contra aids ao que defende as pessoas com deficiência. "Muitas vezes esses dois grupos lutam por direitos parecidos. No caso das mulheres soropositivas e das portadoras de deficiência, por exemplo, ambas querem o direito sexual e reprodutivo", explificou.
O grupo lembrou a importância de usar imagens coloridas e grandes nas campanhas voltadas aos deficientes auditivos. Outra proposta coletiva foi a criação de cartilhas com explicações de termos corretos e informações sobre DST/aids e deficiência para essa população e para os profissionais da saúde. Para os deficientes visuais, os materiais seriam em braile.
Segundo os participantes do debate, existem muitos materiais destinados aos deficientes, mas não são bem divulgados. Pensando nisso, eles sugeriram que todo esse material fosse reunido e disponibilizado no site do Centro de Referência e Treinamento em DST/aids. (www.crt.saude.sp.gov.br).
O evento foi organizado pelo Programa Estadual de DST/Aids de São Paulo.
Talita Martins - Agência de Noticias da Aids - http://www.agenciaaids.com.br/
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