segunda-feira, 17 de maio de 2010

Avós africanas distantes do estereótipo -Movimento de Avós Africanas, criado para cobrar assistência estatal e defender seus direitos e sua contribuição na luta contra o HIV/aids

Manzini, Suazilândia, 14/5/2010 – “A África não pode sobreviver sem nós”, diz o slogan do Movimento de Avós Africanas, criado para cobrar assistência estatal e defender seus direitos e sua contribuição na luta contra o HIV/aids. “Queremos independência econômica para ajudar nossas famílias”, disse Judith Simelane, de 90 anos, enquanto lia a chamada declaração de Manzini, que marcou o nascimento dessa organização.
Os cinco filhos de Freda Shabangu morreram e ela teve de cuidar de seus 12 netos. A mulher, de 70 anos, tem de atender as necessidades familiares com a magra ajuda que recebe do Estado, equivalente a US$ 80 a cada três meses. “Estou contente. Pela primeira vez as avós falam de seus problemas”, disse à IPS. Duas em cada três pessoas com o vírus da deficiência imunológica humana (HIV) no mundo vivem na África subsaariana. Os avós, especialmente as avós, se encarregam das crianças doentes e de criar os netos.
A maioria dos Estados africanos destina muito pouco, ou nenhum, recurso para que a assistência social atenda a situação dos portadores do HIV, causador da aids. As avós tampouco recebem reconhecimento por sua ajuda na luta contra a enfermidade. “Precisamos de recursos para saber como encabeçar famílias saudáveis e ajudarmos umas às outras”, disse Simelane. “Queremos mais capacitação em educação sobre HIV/aids, criação de crianças órfãs, atenção médica, alfabetização e gestão econômica”, acrescentou.
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